Entenda como ocorre a metástase pulmonar, quais são os sintomas e opções de tratamento
Receber o diagnóstico de câncer de mama afeta não apenas a saúde física da mulher, mas também a saúde mental. O impacto dessa notícia pode ser desafiador, gerando medo, ansiedade, preocupação com o futuro e até culpa.
Por isso, é fundamental oferecer apoio às mulheres que enfrentam a doença, especialmente quando o caso se agrava e culmina em metástase pulmonar.
Vale lembrar que, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), para o triênio de 2023 a 2025, a estimativa é que 73.610 casos novos de câncer de mama sejam diagnosticados por ano no Brasil, número que evidencia a urgência e necessidade da adoção de políticas públicas e esforços nacionais para ampliar a linha de cuidado e prevenção da doença e também para se alcançar uma redução na mortalidade.
Neste sentido, o Outubro Rosa chega para estimular um movimento de conscientização e mobilização pela detecção precoce e prevenção do câncer de mama no país.
A campanha reúne ações que fomentam a reflexão, promove mutirões de exames como a mamografia e divulga as recomendações do Ministério da Saúde e de outras entidades nacionais e internacionais para o controle desse tipo de câncer.
Para contribuir com essa causa, preparei este artigo sobre metástase pulmonar decorrente do câncer de mama. O objetivo é informar e esclarecer as principais dúvidas das pacientes sobre essa condição. Boa leitura!
O que significa quando o câncer de mama vai para o pulmão?
Atualmente, o câncer de mama é um dos mais comuns no mundo e, apesar dos avanços nos tratamentos, ele pode, em alguns casos, se espalhar para outros órgãos. Quando isso acontece, chamamos de metástase.
O pulmão é um dos locais mais frequentes para onde as células do câncer de mama podem migrar. No entanto, é importante destacar que a metástase não significa que a pessoa “passou a ter câncer de pulmão”.
Na verdade, quando uma metástase pulmonar é diagnosticada, ela ainda se trata de um câncer de mama, só que localizado em outro órgão.
Essa diferença é fundamental porque influencia diretamente na forma como os médicos indicam o tratamento.
Como a metástase acontece?
As células do câncer de mama podem se desprender do tumor original, entrar na corrente sanguínea ou no sistema linfático e, assim, alcançar o pulmão. Esse processo pode ocorrer meses ou até anos após o diagnóstico inicial.
Muitas pacientes que recebem essa notícia ficam assustadas, e isso é absolutamente compreensível. O que ajuda nesse momento é saber que existem protocolos médicos específicos para esse tipo de situação.
Com os avanços da medicina, hoje é possível tratar uma metástase e garantir qualidade de vida e, em muitos casos, o prolongamento da sobrevida.
Sintomas que merecem atenção
Nem sempre a metástase no pulmão causa sintomas no início. Por isso, os exames de acompanhamento são tão importantes.
Quando os sinais aparecem, os mais comuns incluem:
- Tosse persistente, que não melhora com tratamentos convencionais;
- Falta de ar ou sensação de cansaço ao realizar esforços leves;
- Dor torácica, que pode ser difusa ou localizada;
- Chiado no peito;
- Presença de sangue no escarro (menos frequente, mas possível).
Para garantir um diagnóstico preciso e descartar outras doenças respiratórias, é essencial que a paciente realize exames de imagem, como a tomografia computadorizada ou o raio-X, associados à avaliação médica.
Tratamentos disponíveis para metástase pulmonar
O tratamento das metástases pulmonares do câncer de mama varia de acordo com as características do tumor, do organismo da paciente e do histórico de terapias já realizadas.
De forma geral, as opções podem incluir:
- Terapia sistêmica: medicamentos que circulam por todo o corpo, como hormonioterapia, quimioterapia, terapias-alvo e imunoterapia.
- Radioterapia: indicada em alguns casos para controle de sintomas ou redução de lesões específicas.
- Cirurgia: menos comum, mas pode ser considerada quando há poucas metástases localizadas.
- Cuidados paliativos integrados: voltados para controlar sintomas, reduzir o sofrimento e melhorar a qualidade de vida.
A escolha do tratamento é sempre individualizada, feita em conjunto por uma equipe multidisciplinar formada por oncologistas, pneumologistas, cirurgiões torácicos e outros profissionais.
O impacto emocional da metástase pulmonar
Como mencionado no início deste artigo, a notícia de que o câncer de mama se espalhou pode gerar medo, ansiedade e até uma sensação de perda de esperança.
O ideal diante deste novo desafio é reforçar para a paciente que a metástase não significa o fim do caminho.
Hoje, muitas pessoas convivem com a doença por longos períodos, mantendo rotinas, cuidando de seus projetos e vivendo com qualidade.
Contudo, nestes casos, o apoio psicológico é essencial. Existem grupos de pacientes que podem ser uma boa opção, pois oferecem um espaço de acolhimento e diálogo aberto sobre a doença.
Além disso, contar com uma boa equipe médica também faz diferença.
Para os familiares, o desafio é encontrar um equilíbrio entre oferecer suporte e respeitar o espaço da pessoa em tratamento. Estar presente, escutar e participar das decisões são iniciativas que trazem acolhimento e segurança.
A importância do acompanhamento contínuo
O acompanhamento regular com o oncologista permite que qualquer alteração seja identificada cedo, quando as chances de resposta ao tratamento são maiores. Por isso, os exames periódicos não devem ser vistos como uma burocracia, mas sim como uma forma de cuidado ativo com a vida.
Adicionalmente, é necessário conversar sobre a doença sem tabus.
A conscientização e a prevenção são lutas coletivas e só acontecem quando há um diálogo aberto e honesto sobre as condições de saúde da mulher, com o compartilhamento de informações claras e acolhedoras por parte da equipe médica.
Isso ajuda a quebrar barreiras, reduz estigmas e garante uma esperança real para quem enfrenta um câncer de mama que chega ao pulmão. A informação é, sem dúvida, uma grande aliada nesse processo.
Conte com suporte médico humanizado e especializado!
Se você ou alguém que ama está passando por uma metástase pulmonar, procure orientação médica de confiança e não hesite em buscar uma segunda opinião. Para agendar uma consulta com o Dr. Gustavo Bandeira, entre em contato pelo formulário ou pelo telefone disponível no site!


