Entenda as principais diferenças entre as abordagens cirúrgicas robóticas e tradicionais e veja as indicações!
A cirurgia torácica passou por diversas transformações e avanços nas últimas décadas. Neste contexto, o que antes exigia grandes incisões, longas internações e longos períodos de recuperação, hoje pode ser realizado com precisão, menos dor e riscos minimizados para o paciente.
A principal responsável por essas mudanças é a cirurgia robótica, uma tecnologia que combina o conhecimento humano à precisão de braços robóticos, revolucionando o cuidado com a saúde pulmonar.
Neste artigo, quero compartilhar com vocês alguns comparativos importantes entre a cirurgia robótica e a cirurgia tradicional na área torácica.
A ideia é explicar como essa inovação tem ampliado as possibilidades de tratamento para doenças pulmonares, com destaque para o câncer de pulmão; além de destacar como ela contribui para os bons prognósticos e para a qualidade de vida dos pacientes.
Cirurgia torácica tradicional
A cirurgia torácica tradicional, também chamada de toracotomia aberta, é uma técnica consagrada e altamente eficaz, mas que envolve uma abordagem invasiva.
Nela, o cirurgião realiza uma grande incisão entre as costelas para acessar diretamente o pulmão, a pleura, o mediastino ou a parede torácica.
Embora continue sendo necessária em determinados casos, especialmente em emergências ou quando há tumores extensos, essa abordagem apresenta desafios importantes, como maior trauma tecidual, mais dor pós-operatória, necessidade de analgesia prolongada, maior risco de complicações respiratórias e uma recuperação mais lenta.
Nas cirurgias torácicas tradicionais, em geral, o paciente precisa ficar internado por 7 a 10 dias. Outro ponto de atenção é que as cicatrizes desse tipo de procedimento são maiores e podem ter mais impacto na vida do paciente.
Esses fatores motivaram o desenvolvimento de alternativas menos invasivas, mas que mantivessem a segurança e a eficácia da toracotomia. E foi justamente para isso que a cirurgia robótica surgiu.
Da videotoracoscopia à cirurgia robótica
A videotoracoscopia representou um salto de qualidade nos procedimentos torácicos ao permitir que o cirurgião operasse o tórax por pequenas incisões, utilizando uma câmera e instrumentos finos.
Essa técnica reduziu consideravelmente a dor, o tempo de internação e as complicações pós-operatórias.
No entanto, a videotoracoscopia ainda tem limitações, pois acontece com uma visão bidimensional e tem uma mobilidade de instrumentos mais restrita. Ou seja, a ergonomia do cirurgião não é ideal em procedimentos complexos.
Já na cirurgia robótica, este cenário evoluiu bastante. A técnica preserva as vantagens da abordagem minimamente invasiva e, ao mesmo tempo, amplia as capacidades, habilidades e a precisão do cirurgião.
Basicamente, a cirurgia robótica é realizada por meio de um sistema computadorizado, composto por braços mecânicos articulados, uma câmera de alta definição tridimensional e um console de controle onde o cirurgião permanece sentado, comandando cada movimento.
Os instrumentos robóticos têm amplitude de movimento superior à das mãos humanas, eliminam tremores e permitem acesso a áreas anatômicas profundas e delicadas, como o hilo pulmonar ou a base dos brônquios.
Isso é especialmente vantajoso em cirurgias de ressecção pulmonar, lobectomias e segmentectomias, em que a precisão é determinante para o sucesso oncológico e funcional.
Vale ressaltar que, na cirurgia robótica, cada movimento depende da ação direta do cirurgião, que está no comando o tempo todo. Sendo assim, o sistema tecnológico é uma extensão da habilidade humana.

Cirurgia robótica vs tradicional na saúde pulmonar
Dados clínicos mostram que pacientes submetidos à cirurgia robótica torácica apresentam menor necessidade de drenagem pleural prolongada, menor dor pós-operatória e uma recuperação pulmonar mais eficiente, com uma alta precoce e um retorno mais rápido às atividades cotidianas.
Na prática, a precisão da cirurgia robótica supera a da cirurgia tradicional e, por isso, a técnica é especialmente relevante no tratamento de doenças pulmonares oncológicas.
Em casos de câncer de pulmão em estágio inicial, por exemplo, a lobectomia robótica é superior em diversos parâmetros quando comparada à toracotomia convencional. Entre os benefícios estão:
- Melhor preservação do tecido pulmonar saudável;
- Ressecção mais precisa das margens tumorais, reduzindo risco de recidiva;
- Menor sangramento intraoperatório;
- Menor dor e melhor função respiratória pós-operatória;
- Alta hospitalar precoce e reabilitação mais rápida;
- Menor impacto psicológico.
Além do câncer, a cirurgia robótica tem sido utilizada com sucesso em casos de ressecções pulmonares segmentares, mediastinoscopias ampliadas, ressecções de tumores mediastinais, entre outros casos.
Quebrando objeções: a segurança e confiabilidade da tecnologia
Apesar de ainda haver algum nível de objeção e medo do desconhecido quando falamos sobre cirurgias robóticas, minha experiência no consultório e nos centros cirúrgicos provam que, cada vez mais, as pessoas têm confiado na tecnologia médica e na especialização cirúrgica.
Por experiência, posso afirmar que o sistema robótico é uma ferramenta de alta precisão que garante segurança e protocolos rigorosos de controle.
Hoje, os cirurgiões que operam com plataformas robóticas são aqueles que passaram por intensos treinamentos e certificação específica, o que garante a excelência técnica e o domínio total da tecnologia.
Além disso, os hospitais que oferecem esse tipo de cirurgia seguem padrões internacionais de qualidade e segurança, beneficiando pacientes com diferentes tipos de doenças pulmonares.
Agende uma consulta e saiba mais
A cirurgia robótica é o novo padrão de excelência na saúde pulmonar, uma ferramenta que une inovação e humanidade. Se você deseja saber mais sobre a técnica e suas indicações, agende uma consulta. Eu sou o Dr. Gustavo Bandeira, especialista em cirurgia torácica, e estou pronto para atendê-lo!


