Veja dicas para cuidar da saúde pulmonar durante a primavera e na escola!
A primavera começa em 22 de setembro, trazendo um período de transição entre o inverno, que é uma estação seca, e o verão, marcado por dias mais quentes e chuvosos.
Conhecida como a estação das flores, a primavera chega com temperaturas mais amenas e o retorno de atividades ao ar livre.
No entanto, para muitas pessoas, especialmente crianças e adolescentes em idade escolar, esse período pode representar também desafios para a saúde respiratória, principalmente por causa do aumento da polinização, responsável por alergias e outras condições pulmonares.
Neste período do ano, a circulação de vírus respiratórios e a convivência próxima em salas de aula também são fatores que podem favorecer crises alérgicas, infecções e complicações pulmonares. Por isso, todo cuidado é pouco!
Como médico, acredito que a prevenção começa na informação. Por isso, este artigo traz algumas orientações práticas para famílias e professores sobre como proteger os pulmões e manter o ambiente escolar mais saudável durante a primavera. Confira!

Primavera: uma estação desafiadora para os pulmões
A primavera é marcada pelo florescimento de árvores e plantas, que liberam pólen no ar. Esse pólen, somado à poeira e a variações climáticas típicas, pode desencadear crises de asma, rinite alérgica, bronquite e tosse persistente.
Crianças e adolescentes são particularmente vulneráveis a essas condições, pois têm vias respiratórias menores e estão expostos diariamente a ambientes coletivos, como escolas, transportes públicos e atividades esportivas.
No espaço escolar, que favorece a proximidade e a transmissão de vírus e alérgenos, é fundamental manter uma postura de prevenção.
Salas de aula fechadas, com pouca ventilação, poeira acumulada em estantes e materiais didáticos são fatores que podem comprometer a saúde dos estudantes, afetando os pulmões.
Além disso, com o retorno às aulas, a convivência intensa aumenta o risco de gripes, resfriados e outras infecções respiratórias, que podem agravar quadros já existentes de asma ou bronquite.
Neste cenário, famílias e escolas têm um papel fundamental na criação de ambientes mais seguros e na detecção precoce de sintomas respiratórios.
O ponto mais importante é que sinais de alerta não devem ser ignorados. É essencial ficar atento a alunos que apresentam tosses persistentes, chiados no peito durante a respiração, espirros, congestão nasal frequente e falta de ar ao realizar atividades esportivas simples nas aulas de educação física.
Esses sintomas podem indicar alergias ou doenças pulmonares que merecem acompanhamento médico.
Dicas práticas para proteger os pulmões na primavera
Abaixo, você vai encontrar algumas orientações simples e eficazes que podem ser aplicadas tanto em casa quanto no ambiente escolar para preservar a saúde pulmonar. Veja:
1. Mantenha os ambientes bem ventilados
Sempre que possível, abra janelas e portas para permitir a circulação de ar. Ambientes arejados reduzem a concentração de poeira, vírus e alérgenos.
2. Controle da poeira e limpeza regular
Cortinas, tapetes e estofados acumulam pólen e poeira. No ambiente escolar, a limpeza deve ser frequente, de preferência com pano úmido em vez de vassoura, para evitar a suspensão de partículas no ar.
3. Higienização das mãos
Crianças devem ser incentivadas a lavar as mãos regularmente, especialmente antes das refeições e após atividades ao ar livre. Essa medida simples reduz muito o risco de infecções respiratórias.

4. Incentive a prática de atividade física ao ar livre
A atividade física fortalece os pulmões e melhora a imunidade. No entanto, em dias de alta concentração de pólen ou poluição, prefira exercícios em ambientes internos bem ventilados.
5. Cuidado com o uso de sprays e perfumes fortes
Produtos de limpeza, desinfetantes e perfumes intensos podem desencadear crises alérgicas em pessoas sensíveis. Prefira produtos neutros na limpeza da escola e em casa.
6. Mantenha a vacinação em dia
Vacinas como a da gripe e contra a coqueluche ajudam a reduzir complicações respiratórias comuns no período escolar. Professores e familiares também devem estar imunizados para proteger as crianças.
O papel das famílias na proteção da saúde respiratória
Em casa, os cuidados preventivos fazem toda a diferença. É fundamental, por exemplo, observar sintomas precocemente e procurar atendimento médico se houver sinais persistentes.
Além disso, é importante controlar fatores de risco, como exposição à poeira, mofo e fumaça, e garantir tratamento regular para crianças com diagnóstico de asma, bronquite ou alergias respiratórias.
Adicionalmente, os pais ou responsáveis devem conversar com a escola sobre as condições de saúde da criança, como o uso de bombinhas ou medicamentos que garantam a segurança do estudante no dia a dia escolar.
As instituições de ensino também podem, e devem, colaborar na proteção da saúde pulmonar de crianças e adolescentes, reforçando hábitos de higiene e prevenção. Criar canais de comunicação com as famílias, para a troca de informações sobre sintomas e medidas de cuidado, também é válido.
A importância da prevenção
Proteger os pulmões na primavera e no ambiente escolar não é responsabilidade de uma única pessoa. É uma ação comunitária, que envolve pais, professores, colegas e profissionais de saúde.
Quando todos se unem em torno da prevenção, criam-se condições mais seguras para que as crianças e adolescentes aprendam, brinquem e cresçam com saúde.
Procure um médico especialista!
Ao observar sintomas persistentes ou crises respiratórias frequentes, procure uma avaliação médica. O diagnóstico precoce e a prevenção são sempre os melhores caminhos para garantir que a primavera seja uma estação de bem-estar e saúde para todos.Para agendar uma consulta com o Dr. Gustavo Bandeira, entre em contato pelo formulário ou pelo telefone disponível aqui no site!